Expo-Alunos

Exibiremos nesta página as atividades produzidas  por alunas(os) após a oficina de História, Identidade e Cultura Hip-Hop


FOTOGRAFIAS, DESENHOS E TEXTOS

Estudante: Raianny F. – 2º ano - Edificações


A fotografia acima retrata um grafite feito por Decy na Praça do Bacião – Setor Sul. Segundo a aluna Raianny, a representação de indígenas, assim como de pessoas negras, é uma marca de Decy, que possui outros grafites em Goiânia. "É possível perceber a valorização da cultura de minorias em suas diferentes obras espalhadas na cidade.", afirma a aluna.


Além de ter apresentado a fotografia na atividade proposta, Raianny também produziu o desenho acima baseando-se no grafite escolhido.



Estudante: Thaynara - 2º ano - Edificações 

Grafite encontrado em Senador Canedo de autoria desconhecida
Fotografia: Thaynara

Para Thaynara, mesmo sendo uma forma de expressão e de arte, o grafite não é valorizado pela sociedade, pois representa uma linguagem específica de crítica aos fatos sociais. " Esse grafite que eu escolhi faz uma crítica à sociedade como um todo, pois a imagem mostra vários rostos com olhos e bocas grandes, o que pode ser considerado como uma crítica à forma como as pessoas vivem atentas à vida alheia e espalham boatos. Também pode querer dizer: estamos de olhos atentos ao que você está fazendo (...)", afirma Thaynara.



Estudante: Rafaella Santos Meneses - 2º ano - Agroindústria

Grafite de autor desconhecido, encontrado em viaduto no Setor Campinas de Goiânia.
Fotografia: Rafaella Santos Menezes


A estudante acredita que o grafite é uma forma de expressar a opressão que a humanidade vive. Afirma que a obra fotografada "transmite motivação cultural e social fazendo o indivíduo ficar mais próximo da arte, pois o grafite é encontrado no viaduto por onde as pessoas passam. Melhora a visão no ambiente deixando mais contagiante".




Estudante: Lorena Lima de Araújo - 1º Ano - Edificações



A estudante Lorena conta que esse grafite existe há 4 anos em um muro na esquina da Rua Almiro de Amorim. A autoria é desconhecida e está escrito no grafite: + Cor, - recalque.  " Em minha opinião, como a região é violenta, o grafite quer transmitir uma mensagem de que devemos ser mais alegres, que é necessário ter mais paz e menos rivalidades, violências e brigas", diz Lorena. 

Lorena produziu também um desenho inspirado no grafite que fotografou:





Estudante: Derliyl Ohanna G.J.F. Evangelista - 2º Ano - Edificações


Letra do rap:

A minha vida tá uma droga e nem as drogas "tá" melhorando ela,
única coisa que eu tenho é meu rap representando minha favela.
Uns "faz" por dinheiro ou porque acha legal, eu faço pelo povo, nova revolta social.
Pra uns eu sou anormal, mas "nunca fiz" pra chamar atenção de "boysin" paga pau. 

[Autores: Daniel Pereira da Silva e Wallace Nunes da Mota.]

Para Derlyil essa fotografia, que foi tirada no Setor Planície em Aparecida de Goiânia, é a expressão do rap. "Esta fotografia representa para mim o momento que estamos vivendo, a luta por nossos direitos por meio do rap, em que os autores tentam manifestar a realidade que vivem, em uma região onde o rap faz parte da cultura. É uma forma de manifestar sua indignação em relação ao desrespeito aos seus direitos sociais e políticos", afirma Derlyil.



Estudante: Haiany Santos – 2º Ano - Química

Hungria – Lembranças

Lembrei daquela sexta-feira
Pé descalço e poeira
Menino que se achava dono da quebrada inteira
Dibicando pipa, saudade dessa idade
Nunca tive nada, mas tinha minha vaidade

Entre o sonho da bicicleta
Quem sabe a Mobilete
Carrinho de rolimã não atiçava as periguete
E que se foda o personagem que quer me ver infeliz
Que olha pro meu troféu mas não vê minha cicatriz


Haiany, ao ser solicitada a buscar e analisar uma expressão da Cultura Hip-Hop, escolheu essa letra de Rap e afirmou: "Essa letra fala de um adolescente que sempre lutou pelo que quis, enfrentou barreiras, preconceitos, mal olhares e outros mil fatores. Mas mesmo assim, ele nunca desistiu, sempre lutou pelo que quis. E é assim que muita gente luta pelas coisas, sem olhar para trás, só vai, da a cara a tapa. Essa música serve para refletir bastante. Serve para mostrar que se você quiser, você consegue. Nenhum obstáculo é capaz de destruir o sonho de alguém.".



Ariane Matias Correia – 2º Ano - Agroindústria


Ariane Matias escolheu para a produção de sua atividade esse grafite localizado em São Paulo. Não há identificação da autoria da obra, mas ela foi elaborada no contexto atual e tem o objetivo de fazer "(...) uma indagação para os problemas que são de grandes dimensões que muitas vezes não são solucionadas.", afirma a estudante.


Dainara P. Silva – 2º Ano - Química

Negro Drama - Racionais Mc's

[...] Negro Drama
Cabelo crespo, E a pele escura
A ferida, a chaga,
A procura da cura

[...] O drama da cadeia
e favela, Túmulo, sangue
Sirenes, choros e velas

Passageiro do Brasil,
São Paulo,
Agonia que sobrevivem,
Em meia zorra e covardias,
Periferias,vielas,cortiços

[...] Olha quem morre,
Então veja você quem mata,
Recebe o mérito, a farda,
Que pratica o mal,

Me ver pobre preto ou
morto já é cultural
[...]
Tinha um pretinho,
Seu caderno era um fuzil [...] 
 

A aluna Dainara P. Silva analisou a música Negro Drama do Racionais Mc's, obra que fala bastante sobre a realidade da periferia e o que se espera das pessoas que vem de lá: "(...) no trecho grifado [...] mostra algo que acontece frequentemente em uma periferia e é considerado normal como uma criança ao invés de estar na escola com incentivo e educação de qualidade estão nas ruas já com armas nas mãos, isto pela forma com que o governo trata as periferias, outro trecho da música fala sobre a farda, o que é uma mera referencia ao governo. E a música mostra também características físicas de grande parte dos moradores de periferia que em sua maioria além das dificuldades por ser de um lugar pobre sem infraestrutura, ainda sofrem preconceito por sua cor, cabelo, entre outras características.", afirma Dainara.



Estudante: João Marcos – 2º Ano - Química
 

Eis-me Aqui - Síntese

Na imensidão do pensamento...
e pra onde sopra o vento
Lá onde a vida é só um momento,
que caiu no esquecimento
O processo é lento. E ao relento desatento
sentimento. E a impressão que dá que
é a hora do arrebento.

Então o que fazer o que enfrento; Você quer o
que, por que?
Não tá isento. Olha o mundo em volta
vai correr do que?
Sem ter para onde ir. Ter que entrar no
bonde e ir.
Ver que mudar não é só fingir, é morre
para se corrigir.


Para João Marcos, a obra escolhida por ele discute questões referentes à realidade vista pelos olhos do autor: "(...) não só a realidade que ele vê, mas também o que ele sentem seu intimo, tudo que ele preserva no seu âmago e busca na espiritualidades respostas para a pergunta formulada diante ao seu próprio ser", afirma o estudante.

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